Com o arranque do período de entrega do IRS relativo a 2017 (de 1 de Abril até 31 de Maio), muitos são os casais – casados ou em união de facto – que se continuam a questionar se devem entregar as suas declarações em conjunto ou em separado. De acordo com os fiscalistas, a tributação conjunta pode trazer mais benefícios quando se trata de um casal com uma grande diferença de rendimentos, contudo, a melhor opção é sempre simular previamente em ambas as formas para saber qual a que mais compensa no seu caso.
Casados ou em união de facto
Não necessita de ser casado para entregar o seu IRS em conjunto. Para a Autoridade Tributária (AT) todos os casais que mantenham a mesma morada fiscal por um período não inferior a dois anos, são considerados como estando em “união de facto” e podem entregar as suas declarações em conjunto se assim o desejarem.
IRS em conjunto: as vantagens
De uma forma geral, quando um elemento do casal recebe um rendimento muito superior comparativamente com o outro, ou um dos elementos não recebe qualquer rendimento, pode compensar mais entregar o IRS em conjunto, pois os escalões de cálculo poderão ser diferentes quando calculados os rendimentos em conjunto, do que se em separado.
Deve ter em conta que, mesmo que o valor total dos dois rendimentos em conjunto seja superior, isso não significa que o escalão de imposto sobre os rendimentos vá aumentar, pois por serem entregues em conjunto esse mesmo valor será dividido pelos dois, o que muitas vezes até irá fazer com que o escalão de cálculo sobre o total do rendimento seja inferior. Tudo irá depender do tipo de agregado que tem e dos rendimentos que recebe. Por isso, simule o seu imposto das duas formas para ver qual a que irá compensar mais à sua família.
IRS em separado
Em anos anteriores, todos os casais que optassem por entregar o IRS em separado, declaravam os seus rendimentos isoladamente, mas as despesas do casal e dos seus dependentes eram depois somadas e divididas pelos dois. Ou seja, os rendimentos eram separados mas as despesas não.
Uma das novidades é que este ano a fórmula usada no cálculo do IRS para quem entrega em separado mudou. A partir de agora, passará a ser tudo rigorosamente separado: os rendimentos e as despesas. Quanto às deduções dos filhos, estas continuarão a ser divididas pelos dois.
Por sua vez, se os dois elementos recebem o mesmo rendimento, as simulações de entrega do IRS em conjunto ou em separado deverão ser praticamente iguais. Cabe-lhe decidir de que forma prefere entregar.
Simule sempre antes de decidir qual a melhor opção
Antes de entregar o seu IRS, deve fazer uma simulação do imposto entregue em conjunto e em separado e avaliar os respetivos valores. Devido à alteração feita à fórmula de cálculo para quem opta por entregar o IRS em separado, os resultados dos anos anteriores podem já não ser os mesmos dos que irá ter este ano, ou seja, pode já não lhe compensar entregar a sua declaração pela mesma modalidade. Por isso, simule antes para não ter surpresas.
IRS Automático
Quem tem acesso ao IRS Automático não necessita de fazer tantas contas para saber se lhe compensa mais entregar em conjunto ou em separado. Na altura da entrega do seu IRS, o Fisco disponibiliza três declarações (uma em conjunto e duas em separado, para cada indivíduo) e respetivos valores para que possa optar pelo que compensar mais para o seu agregado. Contudo, relembramos que neste sistema de contas feitas pela AT, os valores nem sempre estão corretos. Por isso, simule o imposto previamente e confira todas as suas deduções, para ter a certeza de que as contas estão corretas antes de enviar o seu IRS.
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