Uma falha global de informática afetou hoje os sistemas e serviços informáticos a nível mundial, incluindo o funcionamento de bancos e das bolsas. A falha teve origem numa atualização de software da CrowdStrike, uma empresa norte-americana de cibersegurança, que afetou o sistema operativo da Microsoft, com impacto, em cascata, em empresas, organizações e cidadãos em todo o mundo.
Na Europa, os mercados aparentam estar a funcionar com relativa normalidade, embora perante algumas perturbações. A Euronext, citada pelo Eco, refere que “alguns índices de ações baseados em mercados norte-americanos estão atualmente a ser transmitidos incorretamente”. A Bolsa de Londres foi afetada na sua plataforma de notícias e dados, o que prejudicou o acesso mundial dos investidores, indica a Yahoo Finance.
Vários bancos e instituições financeiras, por todo o mundo, reportaram disrupções nos serviços e comunicações. Em Portugal, a SIBS (gestora da rede Multibanco) comunicou que os sistemas estão a funcionar normalmente.
A par do setor financeiro, a falha informática afetou e paralisou sistemas de hospitais, supermercados e retalho, aeroportos, transportadoras, canais televisivos, entre muitos outros. As viagens foram fortemente prejudicadas por este problema e mais de 4.000 voos foram cancelados (sobretudo nos Estados Unidos).
Além do impacto direto nos sistemas informáticos, a falha global influenciou o desempenho generalizado das bolsas mundiais. As ações da CrowdStrike e da Microsoft foram afetadas, mas a pressão negativa contaminou, de forma geral, o setor tecnológico e de cibersegurança, com influência noutros setores.
A CrowdStrike já informou que o problema está, entretanto, corrigido, mas levará algum tempo até que os sistemas regressem à normalidade.