A primeira semana de Novembro foi marcada por mais uma edição da Web Summit. Esta foi a sexta edição presencial da maior conferência de tecnologia e empreendedorismo do mundo, a decorrer em Lisboa, na zona do Parque das Nações, desde 2016.
O recinto que inclui a Feira Internacional de Lisboa (FIL) e o Altice Arena chegou a reunir 71.033 pessoas, e foram 2.296 as startups a participarem no evento. A Web Summit deste ano bateu, assim, todos os seus recordes.
A cerimónia de inauguração do evento, criado pelo irlandês Paddy Cosgrave, decorreu ainda no feriado de 1 de Novembro e contou com uma presença surpresa: a primeira dama ucraniana Olena Zelenksa pisou o palco do Altice Arena (o principal da Web Summit) e, no decorrer do seu discurso, apelou a que a tecnologia seja usada para ajudar a salvar as pessoas.
Pelo palco principal, nessa noite, também passaram Changpeng Zhao, CEO da Binance, e Lisa Jackson, responsável pelo departamento de políticas ambientais da Apple. Também o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, marcou presença na inauguração do evento.
Nos dias 2, 3 e 4 de Novembro, decorreram centenas de conferências num recinto animado e muito movimentado, onde se cruzaram pessoas dos quatro cantos do mundo. Nos vários palcos que compõem a Web Summit discutiram-se vários temas, mas todos os caminhos pareceram ir dar ao Metaverso, em grande destaque na edição deste ano.
Numa conferência no último dia do evento, Naomi Gleit, diretora de produto da Meta (empresa detentora do Facebook) afirmou mesmo que o metaverso é o futuro da internet e que será feito a três dimensões.
A responsável afirmou que este novo mundo virtual não pretende substituir o real, mas sim complementá-lo, e que é muito mais do que videojogos e óculos de realidade virtual.
A verdade é que, nos vários stands espalhados pelos cinco pavilhões do evento, muitas foram as empresas que optaram por oferecer aos milhares de participantes da conferência diversas experiências com recurso aos cada vez mais famosos óculos VR.
A Web3 foi outra das protagonistas da edição de 2022: para quem ainda não sabe, trata-se de uma nova fase da internet que conhecemos e que utilizamos, em que a ideia é que haja uma descentralização de poder e que os utilizadores consigam estar e navegar na internet sem precisarem de intermediários, através da tecnologia blockchain.
Ainda a pensar no futuro, também a geração Z (pessoas nascidas entre a segunda metade da década de 1990 e o ano de 2010) foi tema de algumas conferências. Os palestrantes tentaram perceber vários aspetos sobre a nova geração, como por exemplo, o que consomem, o que os influencia e como investem.
A Web Summit está de regresso ao Parque das Nações já no próximo ano, para uma nova edição que já tem data marcada, entre os dias 13 a 16 de Novembro.