A negociação de ações da Inapa está suspensa pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), “com o propósito de assegurar que o mercado absorve a informação divulgada pela emitente”. A decisão sobre as ações da Inapa foi tomada esta manhã, antes da abertura do mercado, decorrente do anúncio de falência da empresa.
Em causa está a insolvência da subsidiária alemã da empresa, que não obteve solução e que arrastou, no processo, a holding do grupo, Inapa IPG.
“Consciente dos impactos imediatos do processo de insolvência” da subsidiária na Alemanha, o conselho de administração da empresa concluiu que a “Inapa IPG se encontra consequente e iminentemente insolvente, pelo que decidiu submeter a Inapa IPG a insolvência sob a lei portuguesa, que será formalizada nos próximos dias”, pode ler-se no comunicado aos investidores divulgado no domingo, dia 21 de julho.
No comunicado, a Inapa esclarece que, em relação à situação na Alemanha, “nenhuma solução de financiamento foi encontrada no período estabelecido de acordo com a lei alemã, apesar de todos os esforços atempados feitos pela gestão da Inapa junto de credores e acionistas”, nomeadamente da Parpública, que detém 45% do capital.
Desta forma, a empresa de distribuição de papel não conseguiu financiamento para dar resposta à carência de curto-prazo de tesouraria da subsidiária, no valor de 12 milhões de euros.
Já no dia de hoje, 22 de julho, a empresa comunicou à CMVM e investidores que o CEO e presidente do Conselho de Administração, Frederico Lupi, assim como os administradores Inês Louro, Afonso Chaby, Victor Barros, Patrícia Caldinha, Emília Frazão, João Sales Luís e Fernando Sanz Pinto, apresentaram a respetiva demissão.