A reunião entre Donald Trump e Xi Jinping, marcada para esta quinta-feira na Coreia do Sul, está a captar a atenção do mundo. Depois de vários acordos comerciais assinados nos últimos dias por Trump com países do sudeste asiático, o encontro com o presidente chinês é o momento-chave desta viagem, e pode definir o rumo das relações entre as duas maiores economias. Em cima da mesa estão temas que vão desde tarifas comerciais a tecnologia avançada, passando pelo futuro do TikTok nos Estados Unidos e pelo acesso da China a componentes essenciais para desenvolver inteligência artificial.
O objetivo de ambos é defender os interesses nacionais, procurando ao mesmo tempo gerir as tensões comerciais de forma a evitar um choque que possa abalar os mercados.
Para os Estados Unidos, Trump quer garantir que a China continue a comprar produtos agrícolas americanos, impedir a entrada de químicos utilizados para produzir fentanil e proteger a competitividade das empresas norte-americanas no longo prazo.
Xi Jinping, por sua vez, pretende travar a aplicação de novas tarifas sobre produtos chineses e garantir acesso a componentes tecnológicos avançados, como os chips da Nvidia, que são vitais para o desenvolvimento económico da China e que têm sido alvo de restrições por parte dos EUA.
Esta reunião pode definir o rumo dos mercados nos próximos meses. Um entendimento entre os dois líderes pode aliviar a pressão sobre os mercados, beneficiar empresas ligadas ao comércio internacional e reduzir o risco de novas tarifas que encarecem produtos importados. Por outro lado, um fracasso nas negociações poderá renovar o clima de tensão, afetar as bolsas globais e reforçar a procura por ativos considerados mais seguros, como ouro ou obrigações.
Esta não é apenas mais uma reunião diplomática, é um encontro que pode influenciar diretamente a economia mundial e a rentabilidade das carteiras de investimento.
