A inflação está a aumentar há meses e a tendência deverá manter-se, apesar dos esforços dos bancos centrais, em sentido contrário. O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou esta quarta-feira que, em Julho, a taxa de inflação homóloga, em Portugal, chegou aos 9,1%, registando um aumento de 0,4 pontos percentuais relativamente ao mês precedente.
Trata-se do valor mais alto dos últimos 30 anos e está ter impacto na vida e na carteira das famílias portuguesas, que procuram agora estratégias que as ajudem a combater a inflação.
O que é a inflação?
Fala-se em inflação quando existe um aumento generalizado do preço de bens e serviços. Pode ter várias causas, mas em termos práticos, significa perda de poder de compra para os consumidores que, com o mesmo dinheiro, conseguirão adquirir menos bens e serviços, agora mais caros. É um quadro que impacta fortemente a vida das famílias, principalmente quando os salários não acompanham o aumento dos preços.
O que fazer para tentar combater a inflação?
Num momento como o que vivemos, em que os preços dos bens e serviços aumentam sem dar tréguas, ou sinais de abrandamento, é muito importante adotar estratégias que lhe confiram alguma tranquilidade. Nestas alturas, planear é a palavra de ordem, mas há várias mudanças que se podem fazer no dia-a-dia.
Analisar o orçamento familiar
Para quem ainda não adotou o hábito de fazer um orçamento familiar mensal, esta pode ser uma boa oportunidade para começar. Trata-se de uma ferramenta de planeamento que lhe permitirá, em última análise, economizar. Afinal, é preciso saber exatamente quanto dinheiro entra e quanto sai, para perceber quais as áreas onde é possível diminuir gastos e quais aquelas em que não se consegue mesmo cortar nada.
Redefinir a estratégia de compras
Há várias coisas que se podem fazer para otimizar as idas às compras e que vão, certamente, ajudar a poupar no supermercado. Algumas delas podem ser especialmente úteis nesta fase:
- Elaborar sempre uma lista de compras. Esta vai ajudar a cingir-se apenas ao essencial e a evitar, assim, gastos desnecessários.
- Comparar os preços dos produtos, de modo a conseguir optar sempre pela opção que lhe permita poupar mais.
- Verificar o preço por unidade, litro ou quilo para perceber qual a versão mais barata de cada produto.
Ter um fundo de emergência
Fulcral para ajudar em momentos de crise ou corte de rendimentos, o fundo de emergência deve corresponder a três, seis meses ou um ano de despesas mensais e é o baú a que se pode recorrer para fazer face a imprevistos. Numa altura em que as coisas estão a ficar complicadas para várias famílias, é mesmo importante que haja um fundo de emergência.
Estar muito atento às armadilhas
Em alturas de crise, as burlas tendem a aumentar. É quando as famílias estão a passar mais necessidades que ficam mais vulneráveis a promessas de dinheiro fácil e rápido. É preciso estar atento e saber como fintar estas armadilhas, de modo a não perder dinheiro.