A inflação tem colocado desafios aos bancos centrais do dois lados do Atlântico, e tudo aponta para que continue a ser tema central nos próximos tempos. “A inflação irá continuar a ser um tema central” para os bancos centrais até pelo menos 2023, apontou Elena Domecq, responsável por Portugal e Espanha da JPMorgan Asset Management, numa apresentação trimestral.
Para a JP Morgan, numa tentativa de combater a inflação, a Reserva Federal norte-americana (FED) deverá continuar a endurecer as medidas de política monetária, nos Estados Unidos. Já na Zona Euro, o Banco Central Europeu (BCE) deverá assinalar já na próxima reunião, uma subida entre 25 a 50 pontos base da taxa de juro diretora, numa tentativa de travar também a escalada dos preços na Europa.
A responsável da JP Morgan espera que Christine Lagarde anuncie uma subida de 25 pontos base já na próxima reunião do banco central.
O cenário da recessão é afastado pela responsável da JP Morgan tanto para a Zona Euro como para os EUA. Ainda que, a curto prazo, antevejam uma desacelação do crescimento das duas economias.
Em termos cambiais, nomeadamente no que diz respeito ao euro e ao dólar, a responsável da JP Morgan salientou que este movimento de valorização do dólar e desvalorização da moeda única caba por ser um reflexo das políticas monetárias dos dois lado do Atlântico. As expectativas apontam para que o dólar continue a valorizar, reforçando o seu estatuto de refúgio, embora essa subida não seja muito acentuada.