Os principais grupos financeiros dos Estados Unidos têm vindo a divulgar esta semana resultados trimestrais muito acima do esperado, num sinal de força do setor e da própria economia americana. Apesar de um contexto global marcado por incerteza e receios de desaceleração, os gigantes de Wall Street mostraram que continuam a gerar lucros elevados, sustentados pela recuperação das atividades de investimento e transações empresariais.
A JPMorgan apresentou um aumento de 12% nos lucros, face ao mesmo período do ano passado, graças a um forte crescimento das receitas de trading, que atingiram um recorde de 8,9 mil milhões de dólares. A Goldman Sachs registou um crescimento de 37% nos lucros, impulsionado pela recuperação do mercado de fusões, aquisições e ofertas públicas de ações. Também a Wells Fargo e o Citigroup superaram as estimativas, enquanto o Morgan Stanley destacou-se com um aumento de 45% nos lucros, beneficiando da recuperação da atividade na banca de investimento.
Este desempenho reflete a recuperação da atividade económica entre as grandes empresas e investidores institucionais, com mais operações financeiras de grande dimensão, o que voltou a gerar receitas significativas para os bancos. Em contrapartida, o consumo das famílias e a procura por crédito, continuam mais fracos, mostrando que esta melhoria está a ser sentida sobretudo no topo da economia e não tanto no dia a dia dos consumidores.