Donald Trump sugeriu recentemente a possibilidade de se vir a admitir hipotecas com prazo de 50 anos nos EUA. Na prática, estender o prazo para meio século reduziria as prestações mensais e poderia permitir a muitas pessoas, até agora fora do mercado imobiliário, entrar na compra de uma casa. Em contrapartida, uma hipoteca mais longa implica, mais juros pagos ao longo da vida e um risco acrescido para os bancos.
Em Portugal as regras são definidas pelo Banco de Portugal, e neste momento apontam para prazos máximos de 40 anos para novos contratos de crédito à habitação no caso de mutuários com idade até 30 anos, 37 anos para quem tem entre 30 e 35 anos, e 35 anos para quem tem mais de 35 anos. A limitação tem como objetivo reduzir o risco excessivo no balanço dos bancos e proteger os clientes de créditos com prazos demasiado longos, que se prolongariam muito para além da idade de reforma.
Se a proposta dos 50 anos chegasse a Portugal, beneficiaria quem quer diminuir a prestação mensal e entrar mais cedo no mercado. Por outro lado, implicaria pagar muito mais juros ao longo de cinco décadas. Além disso, poderia pressionar ainda mais os preços das casas, já que o aumento do número de compradores faria subir a procura sem que a oferta conseguisse acompanhar.
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