Depois de 43 dias de impasse, o governo norte-americano voltou a operar em pleno. Donald Trump assinou nesta noite de quarta-feira o acordo aprovado pela Câmara dos Representantes, pondo fim ao shutdown mais longo da história dos Estados Unidos. A medida garante financiamento até 30 de janeiro e permite o regresso de cerca de 800 mil funcionários públicos, muitos dos quais estavam sem salário desde o início de outubro. Programas sociais como o SNAP, que apoia a alimentação de milhões de famílias, também retomam agora o seu funcionamento normal.
Apesar da reabertura, os efeitos do bloqueio ainda se farão sentir. O setor da aviação, por exemplo, continua a operar com limitações após semanas de falta de funcionários, e alguns indicadores económicos, como os dados de inflação e emprego de outubro, poderão nunca ser divulgados. Essa ausência de informação pode dificultar o trabalho da Reserva Federal, que terá de decidir em dezembro se avança ou não com um novo corte nas taxas de juro.
A notícia do fim do shutdown foi bem recebida pelos investidores e trouxe algum alívio aos mercados internacionais. As bolsas europeias abriram em terreno positivo esta quinta-feira. O índice Stoxx 600, que representa uma amostra ampla do mercado acionista europeu, valorizou cerca de 0,1% durante a manhã, negociando próximo de máximos históricos, impulsionado tanto pela reabertura do governo norte-americano como por uma temporada de resultados empresariais acima do esperado.
Com a época de apresentação de resultados a chegar ao fim, o crescimento médio dos lucros por ação das empresas europeias ronda agora os 6%, superando de forma significativa as previsões iniciais. A conjugação de bons resultados, com a diminuição da instabilidade política nos Estados Unidos reforça o sentimento positivo nos mercados.
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