Se já constituiu o seu fundo de emergência, é normal que queira dar o próximo passo e passar para o patamar seguinte: começar a investir o seu dinheiro.
No entanto, pode dar-se o caso de sentir que não sabe bem por onde começar e há algumas linhas orientadoras que podem ajudar a traçar o seu caminho no mundo dos investimentos. Neste artigo explicamos-lhe alguns dos passos a seguir.
Defina objetivos
Antes de começar a investir o seu dinheiro, é importante que pare para se organizar e para responder a algumas perguntas. As respostas vão ajudar a limar as arestas e a começar a perceber o que é ou não indicado para si.
Entre elas: qual o montante que tem disponível para investir? Quais os seus objetivos de investimento? Daqui a quanto tempo precisa do dinheiro?
A definição dos objetivos é um passo fulcral e, nela, deverá ter em mente todos os que vão impactar a sua carteira (comprar uma casa ou fazer a viagem da sua vida). Também é boa ideia percorrer os objetivos por prazo, começando pelos mais próximos, até chegar aos mais distantes.
Ao analisar todos os seus objetivos, provavelmente, vai conseguir identificar algumas coisas que pode fazer já e que podem ajudar a atingir cada um deles.
Não se esqueça de que informação é poder
Antes de iniciar a jornada pelo mundo dos investimentos, também é necessário que entenda bem o que vai fazer ao seu dinheiro, isto é, que conheça os diversos tipos de investimentos e qual risco que cada um deles comporta, entre outros aspetos. É deste modo que vai conseguir perceber quais as suas hipóteses, onde quer e onde não quer, de todo, aplicar o seu dinheiro.
Existem investimentos adequados aos diferentes perfis de risco, desde o conservador ao mais arriscado. Normalmente, a assunção de mais risco está relacionada com uma perspetiva de investimento mais a longo prazo, em que haverá tempo para o mitigar.
Por exemplo, enquanto que, para investidores mais conservadores, podem fazer sentido instrumentos como depósitos a prazo ou certificados de aforro, com capital garantido, para os mais ousados, a história já é outra. Procure perceber onde se insere e quais os instrumentos adequados a si.
Escolha bem o banco ou a corretora
A par da correta definição de objetivos e do conhecimento sobre os diversos tipos de instrumentos, vem a escolha do banco de investimento, da sociedade gestora ou da corretora através da qual vai investir o seu dinheiro.
Se é certo que há aplicações que só pode fazer através de intermediários, como os bancos de investimento, há outras que pode fazer autonomamente, desde que conheça os produtos e que estejam disponíveis no mercado. Poderá fazer isto abrindo conta numa corretora à escolha, mas é preciso ter muita atenção a todos os custos associados ao processo. As comissões podem diminuir os seus ganhos e isso é algo a ter em conta. Deverá sempre comparar várias hipóteses e optar pela mais competitiva, com as comissões que lhe permitam ganhar, efetivamente, mais.
Mantenha-se alerta!
Principalmente em alturas de crise, é preciso ter muito cuidado com as burlas e fraudes, que tendem a aumentar. É nas fases em que as pessoas estão em situações financeiras mais delicadas, que ficam mais suscetíveis e podem deixar-se enganar.
Nesse sentido, quando surgirem oportunidades de ganhos rápidos que lhe pareçam bons demais para serem verdade, o melhor é mesmo fugir. Pode vir a perder muito dinheiro. Antes de começar a investir o seu dinheiro é importante que se informe e que saiba o que está a fazer.
Neste ponto, um dos fatores diferenciadores é, sem dúvida, a literacia financeira. Quanto mais conhecimento for adquirindo, melhor se conseguirá proteger a si e ao seu dinheiro.
Deixe as emoções de fora!
Quando se investe, é importante não deixar que as emoções levem a melhor e isto aplica-se a todos os casos! Não se deixe ir abaixo em ciclos negativos nem se entusiasme demasiado com os ganhos.
Por exemplo, é normal que em alturas de crise, nos mercados, alguns investidores se sintam tentados a vender as suas posições para parar as perdas, mas o que deve fazer é seguir a sua estratégia, pensando sempre nos objetivos que traçou para ela.
Além disso, em investimentos a longo a prazo, o tempo jogará a favor e acabará por mitigar os riscos. Mantenha a cabeça fria!
Diversifique, sempre
É uma regra de ouro para quem investe: não colocar os ovos todos no mesmo cesto! Deve ter investimentos diferentes e diversificados entre si para que a má performance de uns seja compensada pela boa de outros. Afinal, há instrumentos que reagem de formas opostas aos mesmos momentos. Veja-se o caso dos Certificados de Aforro, que estão a beneficiar da subida da Euribor, depois de anos sem esta vantagem. Saiba mais sobre eles, neste artigo.
Ainda não tem um fundo de emergência?
Nunca é demais repetir que este deve ser o seu primeiro objetivo de poupança, pois será a sua rede de apoio em momentos de maior aperto financeiro.
Se ainda não pensou no fundo de emergência, faça-o o quanto antes. Deverá ter o equivalente a entre seis a doze meses das suas despesas mensais. Pode saber mais sobre ele, aqui.
Disclaimer: Todo o conteúdo tem apenas fins informativos e educacionais e não constitui qualquer recomendação ou aconselhamento financeiro. O leitor deverá sempre fazer as suas próprias análises e recolher diferentes tipos de informações antes de tomar qualquer decisão de investimento.