
O Banco Central Europeu (BCE) decidiu na passada quinta-feira manter as taxas de juro inalteradas, deixando a taxa de depósito nos 2%, após três reuniões consecutivas sem alterações. Esta decisão já era esperada, numa altura em que a inflação da Zona Euro mantém-se próxima da meta de 2% e a economia mostra sinais de resiliência, com um crescimento acima do esperado, de 0,2% no terceiro trimestre.
Christine Lagarde, presidente do BCE, sublinhou que a economia europeia “continua a crescer apesar do contexto global desafiante”, apoiada por um mercado de trabalho robusto e pelos cortes anteriores nas taxas de juro que começaram a aliviar o custo do crédito. Ainda assim, reconheceu que o setor industrial continua pressionado por tarifas comerciais mais elevadas e pela valorização do euro, enquanto os serviços e o turismo continuam a apoiar o crescimento.
A decisão de manter as taxas reflete uma postura de prudência por parte do banco central, que prefere aguardar por novos dados sobre a inflação e da atividade económica antes de avançar com novos cortes. O BCE reforçou que continuará a definir a política monetária com base na evolução dos indicadores económicos, afastando, para já, mudanças significativas.
Para as famílias, a decisão tem efeitos mistos. Quem tem créditos à habitação com taxa variável continuará a beneficiar das descidas anteriores, já refletidas nas prestações mensais, mas não verá novas reduções por agora. Paralelamente, os depósitos bancários ou certificados de aforro, dificilmente verão melhorias nas suas remunerações, mantendo-se estáveis nos próximos meses.
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