Planear as próximas férias implica também tomar decisões, muitas vezes com impacto direto na sua carteira. Neste artigo, deixamos-lhe alguns dos destinos de férias mais caros e mais baratos na Europa, em termos de custo de vida, para que possa também ter em conta este fator.
Chegou a altura de planear as suas férias deste ano e está indeciso? Nesta fase de planeamento, a questão financeira é uma parte importante da escolha. Deve estipular um orçamento para férias adequado à sua situação financeira, de forma a conseguir gerir eficazmente os vários gastos e evitar surpresas desagradáveis durante as suas férias.
Os planos que fizer para as suas férias têm impacto direto no orçamento. É o seu estilo de vida que mais vai determinar quão dispendiosas ou económicas poderão ser as suas férias. Questões como alojamento, atividades que vai realizar, onde vai comer e como se vai deslocar no local são escolhas que fazem o orçamento oscilar muito, durante as férias.
Ainda assim, o destino também importa nas contas – e não só em termos do custo da viagem para lá chegar. Isto porque o custo de vida local pode impactar o orçamento alocado para as férias.
Para o ajudar a planear as suas férias deste ano, apresentamos-lhe alguns dos destinos mais caros e mais baratos que pode encontrar na Europa.
Do Algarve a Nice, destinos de férias para os vários bolsos
O barómetro Worldwide Holiday Costs, dos correios britânicos Post Office, reúne, todos os anos, uma lista de destinos de férias mais caros e mais baratos, listados por acessibilidade financeira para os turistas.
No barómetro, o Algarve destaca-se como o destino turístico mais acessível dentro das opções no continente europeu. Em sentido inverso, Nice (França) é o destino mais dispendioso.
A publicação analisa 40 destinos de férias pelo mundo (excluindo Reino Unido), a partir dos preços indicados por turistas britânicos e habitantes locais. O valor total tem por base oito itens fixos: refeição de três pratos para duas pessoas (com vinho), café, garrafa de cerveja local, lata de Coca-Cola, copo de vinho, garrafa de água, protetor solar e repelente de insetos.
Apesar de, naturalmente, esta ser uma lista que tem em conta a perspetiva de um turista britânico (com um poder de compra e moeda diferente de um turista português), a avaliação feita pode ser uma ajuda na hora de escolher um destino turístico.
Descubra qual a posição na lista para os destinos europeus e qual o valor respetivo para o total das despesas analisadas (em libras):
Destino |
Custo |
1. Algarve |
59,69 libras |
2. Sunny Beach |
62,49 libras |
3. Marmaris |
66,07 libras |
4. Paphos |
73,32 libras |
5. Costa del Sol |
81,45 libras |
6. Puerto del Carmen, Lanzarote |
87,51 libras |
7. Budapeste |
90,41 libras |
8. Sliema |
91,65 libras |
9. Praga |
95,09 libras |
10. Poreč |
95,83 libras |
11. Funchal |
96,33 libras |
12. Maiorca |
98,42 libras |
13. Roma |
108,22 libras |
14. Nice |
120,09 libras |
Fonte: Worldwide Holiday Costs Barometer
Quais são as cidades mais caras da Europa?
Olhar para o custo de vida geral das cidades permite-nos também avaliar a sua acessibilidade financeira. Enquanto alguns fatores apenas pesam para quem é residente fixo – como os preços da habitação ou dos transportes mensais –, itens como a alimentação e os preços dos hotéis afetam as carteiras dos visitantes.
É na Suíça que encontramos os destinos com o custo de vida mais elevado. Zurique é a cidade mais cara para se viver, na Europa – e não só. O relatório Worldwide Cost of Living 2023, da The Economist Intelligence Unit (EIU), coloca a cidade suíça no primeiro lugar do ranking mundial de custo de vida, empatada com Singapura.
Segue-se Genebra, também na Suíça, cujo custo de vida está equiparado ao de Nova Iorque. Ambas as cidades partilham o terceiro lugar no ranking EIU.
Paris e Copenhaga, 7.º e 8.º lugares no ranking global, são os destinos europeus que se seguem, em termos de custos elevados de vida. Olhando apenas para os destinos na Europa, Viena, Londres, Frankfurt, Dublin, Munique e Oslo continuam a lista, a alguma distância.
O estudo da EIU é claro em indicar que a Europa Ocidental atravessa um contexto de maior inacessibilidade financeira. 10 das 20 cidades mais caras do mundo estão nesta região, e os preços subiram desde o relatório de 2022. Os motivos? A organização indica o efeito da inflação nas compras alimentares, vestuário e cuidados pessoais, além da valorização do Euro e outras moedas na região.
E as cidades mais baratas?
Do lado oposto no ranking da EIU, estão zonas fortemente afetadas pelo contexto geopolítico que atravessamos. São Petersburgo, na Rússia, e Kiev, na Ucrânia, são as cidades mais baratas entre todos os locais analisados pela divisão de pesquisa e análise do The Economist Group.