Vai de férias e já está preocupado com o dinheiro que vai gastar? Explicamos-lhe como fazer um orçamento de férias, de forma mais tranquila e financeiramente eficiente.
Quando se fala em poupar dinheiro, o compromisso com a orçamentação é essencial. Por isso, mesmo em contexto de lazer devemos ter em prática o controlo financeiro e seguir um orçamento de férias.
Neste artigo, explicamos-lhe como fazer um orçamento de férias e quais as suas vantagens, partilhando ainda estratégias para férias mais económicas.
Orçamento de férias: 6 estratégias para planear e poupar
Procure sempre fazer o seu orçamento com antecedência, para ter tempo de poupar, refletir, rever e tomar as melhores decisões.
Com o apoio da tecnologia, pode planear e monitorizar toda a viagem de forma simples, apenas com o seu telemóvel. Existem várias apps que auxiliam na orçamentação e no registo dos gastos, como é o caso da TravelSpend e até opções que permitem planear a viagem enquanto verifica os custos associados a atividades, transporte, refeições e outros, como é o caso da Wanderlog – Travel Planner.
1. Defina o seu orçamento
Há quem opte por fazer um orçamento de férias geral (exemplo: nestas férias posso gastar 1.000€). Para uma organização mais eficiente, sugerimos a subdivisão deste orçamento em diversas categorias.
A viagem e o alojamento são, em princípio, marcados previamente, pelo que é desses valores que o restante orçamento vai depender. Imaginemos, de forma meramente ilustrativa, que gasta 400€ em viagens e alojamento, sobrando 600€. Poderá suborganizar o orçamento da seguinte forma:
- Imprevistos – 100€ | Sapatos que se estragam, idas à farmácia ou ao médico, viagens de taxi de última hora… Para cobrir estas despesas, mantenha de parte uma quantia que só pode ser utilizada em caso de imprevistos.
- Alimentação – 300€ | Defina também um montante máximo para gastar em refeições durante as férias. Para não ultrapassar o previsto, poderá equilibrar refeições fora com refeições de supermercado, por exemplo. Este valor e o valor de orçamento diário são interdependentes.
- Compras não essenciais – 100€ | Souvenirs, roupas, lanches, entradas em atrações, compras duty-free… são sempre uma tentação, pelo que é importante estipular um valor máximo, à partida.
Além dos valores por subcategoria, defina um montante diário máximo a gastar por dia, durante as férias, de forma a manter o orçamento sob controlo.
2. Planeie com antecedência
É certo e sabido: quanto mais em cima da hora marcar as férias, maior a probabilidade de encontrar preços inflacionados.
Procure marcar viagens e estadias com antecedência, comparando sempre os preços das diversas plataformas e averiguando as promoções disponíveis. Se fizer sentido, evite também viajar durante a época alta do destino, na qual os preços sobem astronomicamente.
3. Escolha alternativas económicas
Tanto a nível de alojamento como de transporte, de alimentação e de atividades turísticas, existem sempre opções mais económicas do que as mais populares.
Quer poupar no alojamento? Considere apartamentos, parques de campismo, hostels ou até couch surfing. Nas deslocações? Transportes públicos, bicicletas e trotinetes elétricas são opções económicas. Nos gastos do dia a dia? Opte por restaurantes locais, refeições de supermercado, free walking tours, dias de entrada gratuita em museus e monumentos, entre muitas outras alternativas mais em conta que pode aproveitar.
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4. Monitorize os gastos durante a viagem
Não basta fazer um orçamento, é preciso monitorizá-lo para garantir a sua eficiência. Sim, até os cafés ou as garrafas de água, cujo valor pode parecer insignificante. Se não os registar, no final das férias é pouco provável que ainda saiba para onde foram euros a mais no orçamento.
Pode fazer este registo de forma simples, diretamente no seu telemóvel. Existem apps de orçamentação de férias e de gestão financeira que permitem registar todas as despesas, acompanhar o orçamento e até calcular automaticamente a distribuição de despesas entre os vários intervenientes, como é o caso do Splitwise.
5. Seguro de viagem: vale a pena?
Há quem nunca tenha feito um seguro de viagem e há quem não saia do país sem ele. Na realidade, a necessidade de um seguro depende de vários fatores, nomeadamente a segurança do destino em questão e o valor dos itens que levará consigo.
Caso vá viajar para um destino na União Europeia, assegure-se de que leva consigo o Cartão Europeu de Seguro de Doença. Caso lhe faça sentido, pode optar por um seguro de viagem completo, ou por coberturas específicas. Verifique ainda quais as coberturas de que já usufrui através de outros produtos, como é o caso dos pacotes de agências de viagens, do seguro de saúde, do cartão de crédito ou do seguro automóvel. Consulte o artigo abaixo para informações mais detalhadas.
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6. Faça um balanço financeiro da viagem
Para otimizar o próximo orçamento de férias, é essencial perceber o que correu de acordo com o planeado e o que acabou por não funcionar. Onde poderia ter poupado mais dinheiro? Que gastos imprevistos surgiram? Analisando os gastos desta viagem, poderá ter expetativas mais realistas quando chegar o momento de planear a próxima.
Oiça aqui o episódio #49 do podcast MoneyBar: Dinheiro e Férias: O que fazer e o que não fazer
Ainda tem algumas reservas quanto à necessidade de um orçamento de férias? Evite pensar nisto como uma condicionante do prazer das férias. Acaba por ser, na realidade, uma forma de garantir que pode aproveitar ao máximo, sem se preocupar constantemente com os gastos. Basta não exceder as despesas previstas e desfrutar das merecidas férias!