De acordo com o Schroders Global Investor Study 2020, a maioria dos investidores a nível global não estão dispostos a comprometer as suas convições pessoais no momento de investir, mesmo que isso signifique retornos mais elevados.
Investir é uma escolha pessoal e são vários os aspectos que vão influenciar a decisão no momento de investir o seu dinheiro. As crenças e valores pessoais são uma dessas influências e, para a maioria das pessoas, isso não parece ser negociável.
A provar que a ética prevalece aos retornos elevados, surge a opinião partilhada por de mais de três quartos (82%) dos investidores em Portugal que recusa comprometer as suas convições pessoais ao investir, mesmo que lhes sejam oferecidos retornos mais elevados.
A percentagem portuguesa dos que assumem não investir contra os seus princípios é, aliás, uma das mais elevadas quando comparada com as respostas dos diferentes países considerados no estudo: igual à dos italianos e similar à dos belgas, suecos e dinamarqueses (81%) e apenas superada pelos chineses (90%). No extremo inverso, destacam-se os EUA e Singapura, mas ainda assim há uma larga maioria (67%) a assumir que as suas crenças são mais valiosas do que os retornos elevados.
O reverso da medalha: a ter de comprometer os seus valores pessoais, nunca abaixo de um retorno de 20%
Para os 18% dos investidores que estariam dispostos a comprometer os seus valores pessoais, os retornos teriam de ser significativos – pelo menos 20% – para os convencer a tomar essa decisão.Isto é mais do dobro do retorno anual médio que os investidores esperam para os próximos cinco anos (7.9%).