1. O investimento sustentável é uma ambição que ainda não se reflete em ações
Globalmente, o número de pessoas que já investe em sustentabilidade é significativamente inferior àquelas que estão interessadas em investir, o que significa que existe uma diferença entre as intenções dos investidores e as suas próprias ações. Isto também se aplica aos investidores portugueses.
O Schroders Global Investor Study, que inquiriu mais de 25.000 investidores de todo o mundo, diz que 16% dos inquiridos investe em sustentabilidade (17% em Portugal), enquanto 32% está interessado em fazê-lo (30% em Portugal).
2. Quanto maior é o conhecimento sobre investimento, maior é a probabilidade de as pessoas investirem ou estarem interessadas em investir em sustentabilidade
23% dos investidores portugueses, que consideram ter um conhecimento avançado, investe em sustentabilidade, uma percentagem superior aos 15% de investidores que considera ter um conhecimento intermédio e aos 9% que considera ter um conhecimento de principiante.
3. Os fatores sustentáveis foram muitas vezes considerados menos importantes do que as motivações financeiras quando se tratava de investimentos
Observando as prioridades financeiras dos investidores, verifica-se que, a nível global, o investimento sustentável fica a meio da tabela. Os investidores privilegiam antes a necessidade de evitar a perda de dinheiro, alcançar as expectativas de retorno, gerar o nível de rendimento esperado e verificar se as comissões de serviço são razoáveis. Em Portugal, o investimento sustentável surge um pouco acima na lista de prioridades (4ª prioridade vs 5ª a nível global), mas também é precedida por motivações financeiras tais como: evitar perder dinheiro, alcançar as expectativas de retorno e sentir que os portfólios correspondem aos parâmetros estabelecidos por si.
4. Regulação é chave
Três quintos (60%) dos investidores a nível mundial (56% em Portugal) defende que a realização de mudanças na regulação, que encorajem o investimento sustentável, poderia motivá-los a fazê-lo, enquanto 60% (57% em Portugal) também afirmaram que classificações independentes, que confirmem a abordagem sustentável dos fundos, também os motivaria a investir dessa forma.
5. Contrariamente ao que normalmente se pensa, os Millennials não lideram o investimento sustentável
Os investidores da ‘Geração X’ estão mais motivados para investir em sustentabilidade do que outras gerações, o que contrasta com o senso comum de que os Millennials estão a liderar o investimento sustentável. Em vez disso, 61% dos inquiridos da Geração X (dos 38 aos 50 anos) afirma que têm sempre em conta fatores de sustentabilidade quando escolhem um produto de investimento, comparativamente com 59% dos Millennials (dos 18 aos 37 anos) e 50% dos Baby-Boomers (dos 51 aos 70 anos). Em Portugal, o cenário é um pouco diferente, porque a geração que tem mais em conta a sustentabilidade são os investidores Baby-Boomers (69%), seguidos dos da ‘Geração X’ e dos Millennials (52%). Contrariamente ao que normalmente se pensa, os Millennials não lideram o investimento sustentável.