A Schroders elaborou um estudo em que entrevistou mais de 25.000 pessoas de todo o mundo, com o objetivo de compreender os seus comportamentos em relação aos investimentos. Abaixo estão algumas das principais conclusões obtidas em Portugal:
- Os portugueses focam-se, principalmente, em investimentos a curto prazo e mantêm-nos por menos tempo do que o recomendado. O período médio de investimento dos portugueses é de 2,3 anos, valor que está ligeiramente abaixo da média global (2,6 anos) e da média europeia (2,6 anos), chegando a representar metade do período de investimento recomendado, de cinco anos. Sendo que 43% dos investidores portugueses mantêm os investimentos por menos de um ano.
- Os millennials portugueses aparentam ser menos pacientes do que os correspondentes mais velhos. Em média, os millennials mantêm seus investimentos por 2 anos. Por outro lado, os baby boomers mantém, em média, os seus investimentos por 3,4 anos.
- Os portugueses têm geralmente um perfil de investimento conservador. Assim sendo,a maioria dos portugueses (66%) fez mudanças ao perfil de risco dos seus investimentos durante os últimos três meses de 2018, movendo os seus ativos para soluções de menor risco (37%). Apenas 28% dos investidores portugueses moveram os seus ativos para investimentos de alto risco. Esta situação contrasta com o comportamento dos investidores europeus que, em regra, preferem mover os seus investimentos para ativos mais arriscados (38%), ao invés de ativos com menor risco (35%). Em resultado, alguns investidores portugueses perderam a recuperação do mercado verificada no início de 2019.
- Os investidores portugueses esperam obter um retorno total anual de 10.4% (rendimento e crescimento), registando uma ligeira subida na já ambiciosa perspetiva, definida há um ano, de 10.1%. Por um lado, estas percentagens estão alinhadas com as dos investidores globais, que esperam retornos anuais de 10.7% e, por outro, são mais otimistas do que as dos investidores europeus, que esperam em média um retorno de 9.0%, ao ano. O retorno médio do índice S&P 500 é inferior a 8%, desde o seu início, em 1957, sendo possível concluir que as expectativas de rentabilidade dos portugueses são excessivas.
- Tendo em conta as perspetivas referidas no ponto anterior, não surpreende que, de acordo com o estudo, metade dos investidores portugueses (51%) sinta que, nos últimos cinco anos, não alcançou os objetivos de investimento que tinha definido. É por isso provável que este ano mais investidores portugueses não vejam os seus objetivos cumpridos.
- 45% dos investidores portugueses entende que a melhor estratégia para alcançar os seus objetivos é recorrer a fundos multiativos, com um portfólio de investimentos distribuído por múltiplos mercados, regiões e estratégias.
- Os fundos temáticos que geram maior interesse aos portugueses são os que estão relacionados com a Saúde (50%) e as Tecnologias Disruptivas (50%). Os fundos dedicados à Economia de Prata (46%), Sustentabilidade (46%) e Consumo (46%) também são populares entre os investidores portugueses.
- Em termos geográficos, quase um terço (31%) dos investidores portugueses gosta de ter uma mistura de áreas geográficas no seu portfólio de investimentos. Apenas 28% dos investidores portugueses opta por investir a maior parte do portfólio no seu país de origem. Por outro lado, 30% entende que investir em mercados emergentes pode ser / é benéfico para o portfólio- Contudo, 23% dos participantes do estudo considera que os mercados emergentes são muito arriscados para o seu portfólio.
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