A OpenAI (empresa-mãe do ChatGPT) continua a assinar múltiplos negócios para expandir o seu ecossistema de inteligência artificial. Apenas nas últimas 48 horas anunciou uma série de novas parcerias.
Com a Broadcom, fechou um acordo para desenvolver e utilizar chips personalizados dedicados ao processamento de inteligência artificial. Com a Salesforce, que irá integrar as suas novas ferramentas de inteligência artificial orientadas para empresas, diretamente no ChatGPT. E também com a Walmart, que permitirá fazer compras diretamente via ChatGPT.
Estes acordos juntam-se a parcerias com a Nvidia e a AMD. Mas, por mais promissoras que sejam estas parcerias, persistem dúvidas quanto à capacidade da OpenAI transformar a sua popularidade em receitas consistentes. Analistas do Deutsche Bank alertam que, apesar da empresa prever atingir mil milhões de utilizadores semanais até ao final do ano, o número de subscritores pagos ronda apenas os 20 milhões, face, por exemplo, aos cerca de 300 milhões da Netflix e aos 276 milhões do Spotify. De momento, esta discrepância levanta dúvidas sobre se a OpenAI conseguirá transformar o seu crescimento em lucro consistente.
Num momento em que a competição no setor intensifica-se, com rivais como a Google (Gemini), a Anthropic (Claude) e a xAI de Elon Musk (Grok) a lançarem produtos cada vez mais sofisticados, a OpenAI enfrenta uma fase decisiva. A empresa procura consolidar a sua liderança não apenas através de novas parcerias, mas também com avanços na qualidade e utilidade dos seus modelos, ampliando a integração do ChatGPT em plataformas empresariais e no quotidiano dos utilizadores. No entanto, transformar esse crescimento tecnológico em receitas sólidas e sustentáveis será o verdadeiro teste à sua capacidade de manter o domínio.