O Banco Central Europeu (BCE) assinalou a primeira descida dos juros, desde 2016. O corte de 0,25% foi em linha com as expectativas do mercado. No entanto, a presidente do BCE, Christine Lagarde, não se quis comprometer sobre se este corte marca o início de um ciclo de mais descidas nas próximas reuniões.
Para a presidente do BCE, tudo irá depender de dados. “Não estamos a comprometer-nos previamente com uma trajetória para as taxas de juro”, adiantou Lagarde na conferência de imprensa que decorreu em Frankfurt, e na qual o MoneyLab esteve presente a convite.
“Precisamos de ter dados suficientes e os dados vão sendo recebidos ao longo do tempo”, acrescentou.
O BCE continua empenhado em manter a inflação dentro do objetivo dos 2%, e por isso, “manterá as taxas de juro diretoras suficientemente restritivas enquanto for necessário”, de modo a assegurar “o retorno atempado da inflação ao objetivo de médio prazo de 2%”.
Para que isso aconteça o BCE irá sempre analisar os dados, e Lagarde revelou quais são os três critérios mais relevantes para a avaliação do banco central: o ‘outlook’ da inflação, a inflação subjacente e a transmissão da política monetária.
Embora reconheça que está mais confiante hoje, a líder do banco central mostrou-se prudente relativamente aos dados futuros, destacando que poderá haver “solavancos na estrada” que terão impacto na inflação.
Já no que diz respeito às expectativas do mercado, que aponta para mais cortes dos juros até ao final do ano, a presidente do BCE voltou a resguardar-se nos dados, destacando que “o mercado faz o que tem de fazer”, enquanto que também o BCE “faz o que tem de fazer”
(Bárbara Barroso está em Frankfurt a convite do BCE)