E se fizesse uma entrevista a si próprio sobre o estado das suas finanças pessoais? A que conclusões chegaria? Reflita sobre as sete questões que lhe deixamos, seja honesto consigo mesmo e comece a preparar uma vida financeira saudável.
As férias de verão marcam, normalmente, uma pausa necessária no ritmo do dia a dia, mas também são uma espécie de divisor entre a primeira parte e a segunda parte do ano. Por isso mesmo, porque não usar as férias como um período de reflexão e de mudança?
O que poderia fazer de diferente para uma vida financeira saudável? E o que pode começar a melhorar ainda este ano, para melhores resultados?
Qualquer mudança – seja pessoal, familiar ou profissional – começa com um diagnóstico da situação atual. Refletir sobre a situação presente para perceber o que precisa de ser mudado e como.
De que forma começar esta reflexão? Para o guiar, deixamos-lhe sete questões financeiras que pode fazer a si mesmo. Não há respostas certas, em erradas. O que importa é refletir nas respostas, aproveitando este momento do verão como rampa de lançamento para um final do ano mais focado e uma vida financeira saudável.
Comece a repensar as suas finanças pessoais para uma vida financeira saudável. Que resposta daria a estas 7 questões?
1. Conseguiria saber, neste momento, qual o estado real das suas finanças (quanto tem de património, qual o estado das suas despesas e dívidas,…)?
O desconhecimento em relação ao estado das finanças pessoais é um sinal de alerta. A organização financeira é o primeiro passo para gerir melhor as suas finanças e chegar a uma vida financeira saudável. Se ainda não o faz, comece a rastrear todo o património e a apontar as entradas e saídas de dinheiro. O próximo passo é orçamentar e dar previsibilidade às diferentes categorias, estabelecendo patamares de poupança e despesas – com ajustes ao longo do tempo.
2. Se acontecer um imprevisto financeiro, como uma avaria do carro, tem uma almofada financeira à qual recorrer?
Constituir uma almofada financeira dá-lhe tranquilidade e a certeza de que, se um imprevisto surgir, não irá afetar o orçamento corrente. É por isso que as boas práticas das finanças pessoais definem, como primeiro patamar de poupança, a constituição de um fundo de emergência com um valor equivalente a entre seis e 12 meses de despesas mensais. Se ainda não começou este fundo de emergência, faça disso uma prioridade. Se já começou, pense em reforçar o seu fundo.
3. O que pode mudar na sua vida, até ao final do ano, para cortar despesas? E para aumentar receitas?
Depois de traçar um retrato financeiro da sua vida e rastrear as suas receitas e despesas, mês após mês, torna-se mais fácil encontrar oportunidades de eficiência financeira. Onde consegue poupar? Que despesas desnecessárias estão a “devorar” o seu orçamento? Que serviços pode renegociar?
Olhe para os seus números e comprometa-se com uma meta de poupança até ao final do ano, fazendo os ajustes necessários. E não se esqueça do lado da receita: tão importante como cortar é pensar em formas de ganhar mais ou de obter maior rentabilidade com o seu dinheiro.
4. O que pode fazer para aumentar poupanças?
Tem uma meta de poupança definida? Poupa de forma regular? E segue a boa prática de se pagar a si mesmo primeiro, ao início do mês, antes de qualquer outra despesa?
Todas estas são estratégias para conseguir poupar regularmente, de forma bem-sucedida, além do corte de despesa e aumento de rendimentos.
Lembre-se, no entanto, de duas questões essenciais:
- Há um limite a partir do qual não é possível mais cortar despesas.
- Ao apenas deixar o seu dinheiro parado, está a perder dinheiro (e não a aumentar poupanças).
Por isso mesmo, o passo seguinte depois de aumentar as poupanças que consegue fazer é aplicá-las em instrumentos financeiros que lhe deem retorno. Ou seja, investir.
5. Tem objetivos financeiros traçados? São realistas? O que está a fazer para os atingir?
É importante ter metas financeiras que o levem a ter mais foco e ambição na forma como gere as suas finanças. Uma estratégia financeira assente em metas permite que não tome decisões no vazio, mas sim em prol dos seus objetivos,
Defina objetivos financeiros de curto, médio e longo prazo e comece a organizar as suas finanças de forma a alcançá-los. E lembre-se: as suas metas devem ser alcançáveis, com um prazo claro para as atingir, mensuráveis e relevantes.
6. Quais os três maiores erros que comete na sua financeira? E três bons hábitos financeiros que tem?
Cada pessoa tem os seus pontos fortes e fracos – e a vida financeira não é exceção. Há quem seja um comprador impulsivo, mas ótimo a encontrar estratégias de poupança. Ou quem goste de estar sempre a aprender, mas depois não consegue manter o foco nos investimentos que faz.
Qualquer que seja o seu caso, pense nos três maiores erros que comete, habitualmente, e defina uma forma de melhoria para cada um dele.
Depois, olhe também para três bons hábitos financeiros que tem. Que vantagens lhe têm dado na sua vida? E como multiplicar e aumentar o seu impacto noutras vertentes?
Concentre-se em corrigir os erros e a reforçar os bons hábitos, de forma a ter uma vida financeira saudável.
7. Se tivesse que avaliar, de 1 a 10, a sua própria literacia financeira e conhecimento sobre investimentos, que nota daria? E o que pode fazer para melhorar, já este ano?
O maior investimento que pode fazer é em si próprio, com a certeza de que o conhecimento paga sempre os melhores juros. É com literacia financeira que constrói alicerces sólidos da sua jornada financeira, aprende como começar a investir, consegue identificar oportunidades e sabe, exatamente, que instrumentos financeiros lhe podem ser mais úteis, em cada fase da sua vida.
Estamos continuamente a aprender. Por isso, aproveite esta pausa de verão para pensar até onde gostaria que a sua jornada financeira o levasse – e como pode aprender mais, ainda este ano, para chegar mais rápido a estes objetivos.