Saber como rentabilizar bem as suas poupanças é uma verdadeira mais-valia, principalmente nos tempos que correm, em que é impossível escapar ao aumento do custo de vida.
A inflação continua a subir – segundo as estimativas do Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa subiu para 9,3% em Setembro, face aos 8,9% de Agosto – e não estava tão alta desde Outubro de 1992. Na Zona Euro, o cenário não é mais animador: o Eurostat estimou uma taxa nos 10%, em Setembro.
Para que consiga começar a rentabilizar as poupanças de forma eficaz, há certas coisas que não pode mesmo fazer. Explicamos-lhe alguns dos erros que tem de evitar!
Deixar o dinheiro parado
Há quem acredite que ter o dinheiro parado no banco, num mealheiro ou até guardado debaixo do colchão, é a melhor forma de o proteger. Mas isto não é, de todo, verdade. Se deixar as suas poupanças paradas, o que vai acontecer é que vai ficar a ver o seu dinheiro a perder valor a um ritmo avassalador. Vai estar sempre a perder poder de compra.
Isto acontece devido ao avanço da inflação, ao longo do tempo. À medida que os preços vão subindo, a mesma quantia de dinheiro vai comprando cada vez menos bens e serviços.
A única maneira de combater este efeito corrosivo é investir o seu dinheiro e não deixá-lo parado. Desejavelmente, deverá aplicá-lo em produtos que acompanhem a inflação, para não perder poder de compra.
Não ter um fundo de emergência
O fundo de emergência deve ser sempre o seu primeiro objetivo de poupança, pois é o que lhe vai servir de almofada financeira sempre que surgirem imprevistos. Assim, deve ser encarado como o primeiro patamar de investimento.
O dinheiro que vai juntar neste fundo deverá ser o equivalente a entre seis a doze meses do seu custo de vida mensal. Só depois de ter o fundo de emergência constituído é que deverá começar a pensar em investir as suas poupanças.
Não investir na literacia financeira
Este é um dos maiores erros que se pode cometer se o objetivo é começar a rentabilizar as poupanças. Para se tomarem as melhores decisões financeiras, é mesmo necessário ter o máximo de informação possível na sua mão. É essencial procurar conhecimento credível. Afinal, é do seu dinheiro que estamos a falar.
Há muitas formas de adquirir conhecimento: peça ajuda a profissionais, leia mais livros sobre o tema e procure frequentar formações, caso isso seja possível. Deverá aproveitar tudo aquilo que lhe permita perceber melhor como funciona o mundo financeiro, para que tome melhores decisões e com mais segurança.
Não diversificar os investimentos
Ter uma carteira bem diversificada é uma forma de evitar desastres em momentos mais delicados. É que diferentes classes de ativos têm diferentes reações a momentos de crise e é precisamente a correta diversificação dos investimentos que permite que haja um equilíbrio entre os mesmos.
Repare bem: um momento mau para alguns setores pode ser bom para outros e com uma carteira bem diversificada, os investimentos estarão sempre mais seguros. Enquanto alguns ativos caem, outros seguram o portfólio.
Antes de investir, e caso escolha os seus próprios investimentos, olhe e analise bem todos os ativos, perceba a composição dos fundos e que índices replicam os diferentes ETF’s, se for caso disso. É muito importante que se vá equilibrando a carteira!
Ter uma carteira desadequada
Uma carteira bem adequada ao investidor faz toda a diferença e pode valer-lhe muito! É importante que os seus investimentos estejam em linha com o seu perfil e com os seus objetivos, para que tudo corra de feição e para minimizar imprevistos.
Deverá perceber qual a relação que tem com a perda e qual o nível de risco que está disposto a correr com os seus investimentos. Se estes lhe tirarem o sono, provavelmente está a assumir mais risco do que deveria. Isto é algo que deverá ter sempre em conta.
De resto, importa não esquecer que pessoas com o mesmo perfil e com o mesmo capital de investimento podem ter objetivos diferentes para o mesmo e isso muda tudo! Se vai aplicar as suas poupanças com um objetivo a 30 anos, poderá eventualmente assumir mais risco. Se, por outro lado, o seu objetivo é a 5 anos, o mesmo já não se aplica. Todos estes fatores têm de entrar na equação.
Disclaimer: Todo o conteúdo tem apenas fins informativos e educacionais e não constitui qualquer recomendação ou aconselhamento financeiro. O leitor deverá sempre fazer as suas próprias análises e recolher diferentes tipos de informações antes de tomar qualquer decisão de investimento.