A entrada em outubro fica marcada pela subida de 3% na fatura da eletricidade e de 0,3% na do gás natural, segundo dados da ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos). Para já, a medida afeta todos aqueles que estão dentro do mercado regulado.
A partir desta sexta-feira, 1 de outubro, as faturas da luz ficam mais caras para mais de 900 mil consumidores que ainda permanecem no mercado regulado. Para cerca de 243 mil, o preço do gás natural também aumenta.
Em comunicado, a 15 de setembro, a ERSE explicou que “a tarifa de energia reflete o custo de aquisição de energia do Comercializador de Último Recurso (CUR) nos mercados grossistas, sendo uma das componentes que integra o preço final pago pelos consumidores no mercado regulado.” A entidade “atualizou o valor da tarifa de energia do mercado regulado em cinco euros por MWh com efeitos a partir de 01 de outubro de 2021.”
Para a maioria dos clientes, com uma potência contratada de 3,45 kVa, “a atualização será de cerca de 1,05 euros na fatura média mensal.” Para uma potência de 6,9 kVa, o aumento bate nos 2,86 euros.
Gás natural mais caro para todos
A entidade reguladora de energia já tinha avisado, em junho, que “apesar da redução da tarifa de acesso às redes”, perspetivava um aumento do custo de aprovisionamento do gás natural, que justificaria o aumento nas tarifas transitórias de venda a clientes finais.
Segundo cálculos da ERSE, para um casal sem filhos, com consumo tipo 138 m3 por ano e fatura média mensal de 10,90, o aumento é de 0,04 euros. Para casais com dois filhos e consumo de 292 m3 anuais, com fatura média mensal de 20,23 euros, o aumento é maior, de 0,07 euros.
Mas não são só os clientes que permanecem no mercado regulado que vão ver os preços do gás a subir. No mercado livre, a EDP e a GALP já avisaram os consumidores que as faturas vão aumentar ainda este mês.
A atualização de preços das duas operadoras vai ao encontro da decisão da ERSE. Na EDP, a subida é de 14 cêntimos para casais sem filhos, de 6 cêntimos para os casais com dois dependentes e de 19 cêntimos para as famílias numerosas, com quatro dependentes. Na Galp, o impacto mensal traduzir-se-á em “acréscimos médios entre os 50 e os 84 cêntimos nas tipologias de consumo mais representativas.”
A nova tarifa da eletricidade vigora até ao final de 2021 e a do gás natural até 30 de setembro de 2022.