Sabemos que começar a investir não é fácil. Podemos até sentir vertigens. Quanto devo investir? Quanto risco devo tomar? Estas são algumas das perguntas mais frequentes quando entramos neste mundo.
Deste modo, definimos 6 passos simples a seguir para todos aqueles que decidam começar a investir:
1 – Defina os seus objetivos de investimento
Estabelecer metas é importante porque o ajudará a decidir quais os investimentos certos para si. Seja qual for a motivação por detrás de um plano de investimento, há uma maneira adequada de alcançar esse objetivo. Alguns tipos de investimentos visam gerar um retorno concreto (que obviamente não pode ser garantido), enquanto outros se ajustam a um plano de longo prazo, como a é o caso da reforma. Finalmente, outros investirão para gerar um rendimento, seja para aumentar a sua disponibilidade financeira ou para manter o padrão de vida que têm atualmente quando deixarem de trabalhar.
2 – Cria uma almofada para imprevistos
Antes de investir é aconselhável ter uma almofada de liquidez à qual possa recorrer se o seu rendimento diminuir – ou mesmo desaparecer – e se tiver de pagar, por exemplo, as suas hipotecas e contas domésticas.
Não há nenhuma regra escrita sobre quanto dinheiro deve ter na conta poupança para torná-la disponível em caso de emergência. Mas, em geral, sugere-se que seja um montante suficiente para cobrir despesas essenciais durante pelo menos seis meses. Neste sentido, é uma boa ideia poupar uma de quantia que não vai precisar nos próximos anos para que possa fazer investimentos a longo prazo, como comprar uma propriedade ou reformar-se.
3.- Selecione o melhor produto
Seja para um investidor cauteloso ou arriscado, investir oferece a oportunidade de ganhar mais retorno do que aquele que conseguimos, através das taxas de juro do banco e potencialmente gerar crescimento e mais rendimento. Existem diferentes maneiras de investir e a forma certa depende da sua atitude em relação ao risco e da quantidade de dinheiro que tem disponível para este fim.
A compra de ações pode dar-lhe a oportunidade de beneficiar do sucesso de empresas cotadas numa variedade de mercados, estando, no entanto, exposto ao risco específico de uma empresa. Ao invés disso, os fundos de investimento oferecem a oportunidade de diversificar, investindo num conjunto de empresas de diferentes mercados e sectores, através de um único produto.
4 – O horizonte temporal
A duração de um investimento é tão importante quanto a sua finalidade; e é particularmente relevante ao decidir onde quer investir o seu dinheiro.
Por exemplo, como já mencionámos, não deve investir no mercado de ações o dinheiro de que vai precisar nos próximos meses. Embora possa recuperá-lo a qualquer momento, a volatilidade das ações pode jogar contra si e levá-lo a vender no pior momento. O importante é que o nosso dinheiro continue a funcionar, mesmo que esteja numa conta poupança.
Se tivermos um horizonte temporal de longo prazo, investir no mercado de ações pode ter mais sucesso em termos de rentabilidade. A maior parte dos especialistas afirmam que não deve investir em ações por um período inferior a a três anos, sendo que alguns afirmam mesmo que o período mínimo
é de cinco anos. Isto porque é impossível prever o comportamento do mercado e em períodos temporais mais curtos há menos tempo para recuperar perdas. Os mercados movem-se por ciclos, mas lentamente.
5 – Atitude em relação ao risco
Com as taxas de juro de hoje é difícil obter retornos atrativos através de uma conta poupança ou de depósito. Além disso, os depósitos e as contas correntes estão efetivamente a perder dinheiro devido ao efeito da inflação. Portanto, no contexto atual, se estamos interessados em obter um melhor retorno, devemos assumir maiores riscos. Isso significa estar confortável com o facto de que os investimentos podem perder valor em algum momento. A regra geral, quanto maior o risco, maior o retorno potencial, mas também maior poderá ser a perda potencial. Para ajudar a identificar o nível ótimo de risco que se deve assumir, o ideal pensar naquilo que se pode perder.
Normalmente, quanto maior for o horizonte temporal, mais agressivo podeser o investimento, embora isso dependa da sua aversão ao risco. Portanto, aqueles que economizam para a reforma podem considerar investimentos mais arriscados, sabendo que não precisarão do dinheiro por muitos anos e que há muito tempo para gerir perdas de curto prazo e assegurar a sua recuperação. Contudo, importa também dizer que a atitude em relação ao risco é suscetível de mudar ao longo do tempo, por exemplo, à medida que nos aproximamos da reforma tendemos a tornarmo-nos mais conservadores.
Finalmente, dependendo do investimento, os riscos são diferentes. Se investir em ações de uma única empresa e a mesma for à falência, perderá as suas economias. O investimento em fundos tem a vantagem do risco ser dividido entre várias empresas, se eventualmente uma não correr bem, as outras podem compensar.
6 – Os efeitos da inflação
Por fim, lembre-se que ao escolher a opção supostamente mais segura, como manter o dinheiro, pode perder valor a longo prazo devido à inflação. O efeito da inflação é geralmente subestimado e os aforradores que se mantiveram leais às contas de depósito sofreram os efeitos prejudiciais das baixas taxas de juro, ao passo que aqueles que optaram por investimentos em ações devem ter obtido melhores retornos. Por esta razão, é crucial assegurar que a moeda esteja sempre a crescer a uma taxa que exceda a inflação.
Se achou interessante e acredita que estes passos podem ajudar outras pessoas que estão a começar a investir, não hesite em partilhá-los