O início do ano é sempre uma boa altura para pensar em poupança e redefinir numas estratégias para a gestão das contas da casa. E foi o que fizemos, quase de uma forma natural.
Com dois miúdos pequenos (felizmente o mais velho já só usa fralda à noite, o que permitiu já reduzir o gasto com fraldas) todas as formas para conseguir poupar são sempre boas.
Pois bem, se calhar o que vou dizer para algumas pessoas não é novidade mas a verdade é que, para mim, as “novas estratégias” (como lhes gosto de chamar) permitiram-me reduzir as despesas com o supermercado em 30% face à minha média. Bem sei que ainda falta uma semana mas acho que estou no bom caminho.
Então deixo-vos aqui algumas dicas
1) Levar comida para o trabalho – Hoje em dia é uma prática comum para muitas pessoas mas eu já o faço há vários anos. E acreditem que, há 10 anos quando levava comida para o trabalho muitas vezes era olhada de lado. Hoje já é quase “moda”. Há marmitas todas giras, caixinhas para isto e para aquilo. Há quem leve tudo mas eu continuo a achar o meu marido o “top”. E explico-vos… Além de sopa, prato e fruta no outro dia até uma “mini” levou para o trabalho (xiuuuu…não digam ao chefe). Pronto, se calhar não é top porque já vi pessoas no trabalho a levarem entrada, queijo com fruta. Verdadeiros manjares, com marcadores ou toalhinhas, guardanapos, copo e até pratos, que isto de comer na marmita às vezes fica apertado (pensando bem, quantas vezes já quase que me saltaram pernas de frango para a mesa ao lado…adiante)
2) Fazer um menú da semana – Quando pensava nesta ideia achava que dava muito trabalho mas a verdade é que é óptimo em termos de organização de compras. Penso nas sopas dos miúdos, na comida para nós e o que posso fazer se sobrar, etc. Depois faço uma lista do que preciso comprar. Desde que adoptei o menú raramente tenho de ir ao supermercado a meio da semana ou falta alguma coisa. Controlo melhor os custos tanto do supermercado como também poupo tempo e em combustível. (Posso dizer que vos estou a preparar uma ferramenta catita para isto)
3) Ir ao hipermercado para as compras grandes – Fazer compras grandes logo para vários dias não estava a resultar cá em casa. Acabava por gastar mais dinheiro e, a meio da semana, acabava por ter de voltar ao supermercado porque me faltavam coisas essenciais ou pior, para não perder tempo, acabava por ir à mercearia perto de casa que é bem mais cara.
4) Comprar frescos no supermercado mais perto – Em vez de ir comprar frescos a grandes superficíes, aproveito assim uma “média superfície” para ir comprar frescos que acabam para as sopas. Ou seja, quando é carne, fraldas, higiene, etc (coisas grandes e mais caras) aproveito e vou ao hipermercado. Para o supermercado ficam os frescos. São mais baratos e, por haver menos oferta, caiu menos na tentação de fugir à lista.
5) Fazer lista e segui-la – Lista praticamente toda a gente faz, o problema é cumpri-la. A meio das compras lá pomos mais uns extras no carrinho e, no final, a conta sai mais alta do que estava pensado. É aquele princípio do “vou só comprar papel higiénico” e depois acabo por sair com dois cestos cheios, e na maioria das vezes de algumas coisas desnecessárias. Como vou a um sítio para as compras grandes e outro para as mais pequenas sinto que é mais fácil cumprir a lista. Vou mais focada.
6) Não ir com fome às compras – Ir às compras com fome à hora em que sai pão quente devia ser considerado pecado. É que começo no pão, passo para as bolachinhas, chocolates, etc… Os domingos são também fatais! É por isso que agora tenho sempre na mala uma peça de fruta, umas bolachas e agora raramente cedo à tentação.
7) Lembretes para os vales e descontos – Costumo receber vales de desconto e cupões de supermercado. Alguns podem não interessar mas outros são para produtos que compro e que representam boas poupanças. (É que isto dos cartões de desconto permite às grandes superfícies ter uma base de dados super poderosa dos nosso hábitos de consumo. Comecem a reparar se os descontos não são de coisas que habitualmente compram.) Para não acontecer ir comprar fraldas e perceber que tinha um talão que acabou na véspera agora ponho lembretes no telemóvel dos descontos para avisar dois dias antes do final do prazo e está a resultar. (Em breve irei dedicar um post aos vales e cupões e onde podem obtê-los)
8) Compras online – Quando não tenho possibilidade de ir às compras da semana ao hipermercado (ou porque tenho um miudo doente ou temos o fim-de-semana ocupado) opto pelas compras online (se tiver um talão de desconto da taxa de entrega, melhor). Além de ser prático e fácil (posso comprar a qualquer hora no conforto de casa e não tenho de carregar as coisas pesadas) permite controlar os gastos. Há menos tentações e quando começo a ver a conta a crescer fico-me mesmo pelo que preciso.
9) “Scan self-service” – Já há muitas grandes superficies que têm aquelas maquinetas que não são mais do que scanners que nos permitem fazer as compras sozinhos sem ter de passar pela caixa. Também aqui, o facto de nos ir dando o valor total da conta permite-nos ter uma melhor noção dos gastos e poupar em tempo. Além disso, o meu filho mais velho adora a ideia de apontar para os preços, carregar no botão e ouvir o barulhinho “bip” (sente que é ele que está às compras).
10) Leite do bebé na parafarmácia – Pois bem, o elemento mais pequeno cá de casa ainda bebe leite em pó daquelas latinhas maravilhosas que são super caras. O meu pequeno bebe o “Nutriben Continuação” que, infelizmente, não se vende no supermercado. Ou compro numa parafarmácia ou numa farmácia. E posso dizer-vos que hoje em dia só compro o leite na parafarmácia. É que custam menos 4 euros em relação à farmácia e ainda conta para o cartão. Comecem a comparar preços e vão ver que a diferença é grande.