O verão aproxima-se e, para muitas pessoas, é também tempo de subsídio de férias. Mas sabe qual a melhor forma de gerir esta verba adicional? Partilhamos consigo três erros no subsídio de férias que deve evitar.
Aguardado por muitos como uma espécie de “dinheiro extra” na conta, o subsídio de férias é um salário adicional que é atribuído aos trabalhadores.
Correspondente a um mês de trabalho, o subsídio costuma ser recebido antes do início do período de férias para os trabalhadores do setor privado, ou em junho para a função pública.
Como deve ser aplicado este subsídio?
Há quem defenda que o subsídio deve ser alocado, tal como o nome indica, exclusivamente para as férias. Outros reservam o montante todo para poupança ou para investimentos. Há ainda quem utilize esta verba para pagar dívidas ou para uma compra – que tenha ficado adiada até um momento de maior folga financeira. E quem opte por uma abordagem mista, dividindo o mesmo subsídio para vários fins.
Qual a opção certa? A resposta é “depende”. As finanças são pessoais e, por isso mesmo, o melhor destino para o seu subsídio de férias depende sempre da situação financeira individual (ou familiar).
Qualquer que seja a sua escolha, o mais importante é que faça uma gestão cuidada do orçamento – e que não cometa certos erros com o seu subsídio de férias que possam ser irreparáveis.
3 erros a evitar com o seu subsídio de férias
#1 Decidir onde aplicar o seu subsídio de férias sem analisar as suas finanças pessoais
De forma a evitar decisões impulsivas (que podem não ser as melhores para a saúde das suas finanças), é fundamental que analise a sua situação financeira individual/familiar completa para perceber quais as necessidades mais importantes, antes mesmo de receber o seu subsídio.
Desta forma vai perceber, por exemplo, se há despesas/dívidas que necessitam de atenção prioritária. E também se os seus objetivos financeiros estão a seguir o rumo estipulado, ou se é necessário um reforço extra.
Ao fazer esta radiografia financeira, perceberá qual o melhor destino a dar ao seu subsídio de férias, de forma mais racional.
#2 Ignorar as boas práticas das finanças pessoais
Para uma boa gestão das suas finanças pessoais, é importante que siga as boas práticas financeiras, sem “colocar a carruagem à frente dos bois”. Embora as jornadas financeiras dependam sempre de cada pessoa, há certas etapas que devem ser feitas antes de avançar para os próximos passos.
Por exemplo, se planeia usar o seu subsídio de férias para começar a investir, é importante que saiba que o primeiro patamar a alcançar é a constituição do fundo de emergência (um pé-de-meia equivalente a 6-12 meses de despesas mensais). O fundo de emergência é a primeira base de poupança, mas também de investimento, porque o ideal é que o aplique num produto de capital garantido e elevada liquidez, que lhe permita não perder poder de compra com a inflação.
Portanto, se ainda não tem um fundo de emergência constituído, pondere alocar o seu subsídio de férias a este objetivo antes de se lançar em investimentos de maior risco.
#3 Não manter o subsídio de férias à parte
Deixa o dinheiro do subsídio de férias na conta à ordem que utiliza para gerir todas as despesas correntes? Este é um erro que deve evitar.
Mesmo que vá utilizar o seu subsídio para despesas de férias ou para fazer uma compra (e não para poupanças/investimentos), evite ter este dinheiro na sua conta “normal”. Isto porque, ao misturar diferentes entradas de dinheiro, é fácil perder o controlo sobre as despesas e acabar por gastar esta verba “extra” sem dar por isso.
Opte por manter separado o valor do seu subsídio – idealmente numa conta paralela onde não pague comissões.