Em 2022, o crescimento dos depósitos detidos pelos portugueses desacelerou pelo segundo ano consecutivo. Esta tendência de abrandamento do ritmo de crescimento verificou-se igualmente nos empréstimos concedidos para habitação, com a concessão a abrandar a partir da segunda metade do ano, num contexto de subida das taxas de juro.
De acordo com os dados do Banco de Portugal, no final de 2022, o montante total de depósitos de particulares nos bancos residentes em Portugal era de 182,4 mil milhões de euros, mais 9,6 mil milhões do que no final de 2021.
“À semelhança dos empréstimos concedidos aos particulares, também o crescimento dos depósitos tem vindo a desacelerar: de 8,1%, em 2020, abrandou para 6,6%, em 2021, e para 5,4%, em 2022. Neste último ano, o abrandamento foi mais expressivo nos meses de Novembro e Dezembro”, explica o Banco de Portugal.
Já os depósitos das empresas cresceram 9,1% relativamente a 2021, para 67,3 mil milhões de euros.
No que diz respeito ao crédito à habitação, no final de 2022, o montante de empréstimos concedidos para habitação pelos bancos aos particulares era de 100,3 mil milhões de euros, mais 3,4 mil milhões do que em dezembro de 2021.
Apesar da tendência de crescimento mensal dos empréstimos para habitação se verificar a partir de Junho de 2021 e de terem crescido 3,6% em relação a 2021, o Banco de Portugal salienta que a evolução dos empréstimos à habitação diferiu ao longo do ano passado: “no primeiro semestre, a concessão de empréstimos acelerou e, a partir da segunda metade do ano, num contexto de subida das taxas de juro, abrandou consecutivamente. Este movimento de desaceleração foi semelhante ao registado na área do euro”.
Já o montante de empréstimos ao consumo acelerou ao longo do ano, depois de ter crescido 2,4% em 2021, cresceu 6,0% em 2022.