Para Bárbara Barroso, fundadora do MoneyLab, as instituições financeiras têm se focado apenas nos ‘Millennials’ e não se estão a preparar para a Geração Z, referiu na 2ª edição do Lisboa Financial Forum, que decorreu em Lisboa.
“Fala-se muito dos millennials, mas ninguém fala da ‘geração Uber’, que são os jovens que têm hoje 18 anos e para a qual a banca não está preparada”, referiu Bárbara Barroso, durante o debate que abordou o futuro do dinheiro e das transações comerciais, a regulação e o seu impacto na sociedade. “É uma geração cashless (que não tem uma representação física do dinheiro) e para eles, a noção de poupança durante 40 anos não existe”, disse, na 2ª edição do Lisboa Financial Fórum, citada pelo Jornal Económico.
No mesmo painel participaram também Carlos Almeida, Diretor de Investimentos do Banco Best, Raquel Castro, advogada e professora da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, e Filomena Oliveira Vice-presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), e contou com a moderação de Vitor Norinha, do Jornal Económico.
A especialista em finanças pessoais e educação financeira salientou também que a banca enfrenta o desafio de conviver com três gerações de clientes diferentes e ter de saber comunicar para cada uma delas: “os analógicos, os híbridos e os que são completamente digitais”. Por essa razão, Bárbara Barroso explicou que uma das soluções para a banca não perder esta nova geração Z – que são sobretudo digitais e que se revêm mais nas fintech – passa pela criação de submarcas. “As empresas de telecomunicações já o fizeram mas a banca ainda não”, sublinhou.