A “earnings season” da bolsa lisboeta arrancou esta segunda-feira, 13 de Fevereiro, com a Galp Energia a dar o pontapé de saída.
A petrolífera liderada por Filipe Silva foi a primeira a apresentar os resultados relativos ao ano de 2022, em que praticamente duplicou os lucros e obteve o maior resultado líquido da sua história: 881 milhões de euros. O crescimento da empresa face ao ano anterior (2021) foi de 93%. Os números foram comunicados à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) hoje.
O resultado operacional (EBITDA) ajustado ascendeu a 3.849 milhões de euros, o que corresponde a um crescimento de 66% face ao exercício anterior, de 2.322 milhões. Já a dívida líquida recuou 34% para 1.555 milhões de euros, face aos homólogos 2.357 milhões de euros.
O investimento (Capex) em 2022 ascendeu a 1.266 milhões de euros, um valor que compara com os 525 milhões de 2021, tendo a maior fatia deste montante sido canalizada para projetos de upstream, nomeadamente a manutenção nos campos de Bacalhau, Tupi e Iracema e a expansão do portfólio de renováveis.
A empresa propõe distribuir um dividendo bruto de 52 cêntimos por ação, que compara com os 50 cêntimos pagos sobre o exercício do ano prévio, e executar um programa de recompra de ações de 500 milhões de euros ao longo do ano de 2023.
A Galp anunciou também à CMVM que vai desinvestir nos ativos upstream (produção/exploração) em Angola. A empresa informa ter assinado um acordo com a SOMOIL – Sociedade Petrolífera Angolana para a venda dos mesmos e espera receber cerca de 830 milhões de dólares pela venda, líquidos de impostos. A transação deverá ficar fechada no segundo semestre de 2023.