Existem vários tipos de fundos que se adequam a diferentes objetivos e necessidades de investimento, perfis de risco e prazos de investimento. No caso dos fundos mobiliários, que investem sobretudo em ações e obrigações, vamos descobrir quais as ações nacionais e internacionais que são as apostas dos fundos de investimento geridos por sociedades gestoras nacionais.
Os fundos de investimento são instrumentos financeiros que, por regra, reúnem o capital de vários investidores, constituindo um património autónomo gerido por profissionais, ou seja sociedades gestoras, e que se diferenciam pela diversidade de ativos que podem compor as suas carteiras.
De acordo com os indicadores mensais dos fundos de investimento mobiliário divulgados esta semana pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) – o regulador do mercado de capitais – Outubro foi um mês de progressão dos ativos geridos, ao crescerem 132,4 milhões de euros, valor que representa um crescimento de 0,8% face ao mês anterior, e atingindo o patamar dos 16,64 mil milhões de euros.
Outubro 2022 | Setembro 2022 | Variação Mensal | |
Valor sob gestão | 16 645 | 16 512 | 0,8% |
Número de entidades gestoras | 14 | 14 | 0 |
Número de fundos | 147 | 145 | 2 |
Fonte: CMVM
Investimento por tipo de ativos
Fazendo a análise em termos de ativos investidos, a dívida pública e as obrigações – nacionais e estrangeiras – surgem como o ‘calcanhar de Aquiles’ por terem apresentado quedas do seu valor em Outubro.
Em sentido inverso, as ações e as UP (unidades de participação) foram os ativos que compensaram, ao apresentarem variações positivas e mais significativas. No caso das ações, o valor das aplicações subiu 8,3% nas de emitentes nacionais e 4,7% nas de emitentes internacionais, face ao mês anterior.
Valor Mobiliário | Outubro 22 | Variação mensal | ||
Valor | % Total | |||
Dívida Pública | Nacional | 95,6 | 0,6% | -9,3% |
Estrangeira | 1 747,6 | 10,3% | -3,0% | |
Outros Fundos Públicos | Nacional | 0,1 | 0,0% | 0,3% |
Estrangeira | 32,4 | 0,2% | 50,1% | |
Obrigações | Nacional | 227,9 | 1,3% | -4,2% |
Estrangeira | 4 064,2 | 24,0% | -0,7% | |
Ações | Nacional | 174,1 | 1,0% | 8,3% |
Estrangeira | 3 118,3 | 18,4% | 4,7% | |
UP | Nacional | 201,0 | 1,2% | -5,0% |
Estrangeira | 5 982,8 | 35,3% | 2,6% |
Fonte: CMVM
Valor investido em ações nacionais e internacionais
Mas quais foram afinal as ações nacionais e internacionais em que os fundos de investimento apostaram?
A nível das ações nacionais, o trono é ocupado pela Sonae, com a dona do Continente a ser o título com maior peso nas carteiras dos fundos, representando 10,5% do total investido e com um crescimento mensal de 21,6%. O pódio fica completo com a Jerónimo Martins, cujo valor nas carteiras dos fundos teve um crescimento mensal de 7,3%, e com a Altri, cujo valor cresceu 9,0% face a Setembro.
Já a nível internacional, e no que respeita ao investimento em títulos da União Europeia, os mais representativos nas carteiras dos fundos de investimento foram a francesa LVMH, a alemã Siemens e a espanhola Inditex, que apresentaram crescimentos mensais do valor nas carteiras dos fundos de 4,3%, 8,4% e 7,2%, respetivamente.
Para terminar, e já fora da União Europeia, destacaram-se as gigantes Apple Computer, a Visa e a Microsoft que surgem nas primeiras posições como os títulos com maior peso nas carteiras dos fundos, com as duas primeiras a registarem crescimentos mensais do seu valor nas carteiras dos fundos de 6,6% e 12,1%, respetivamente, enquanto a Microsoft apresentou uma queda mensal do seu valor de 3,7%.
Ações | Outubro 22 | Variação mensal | |
Valor | % Total | ||
MERCADO NACIONAL | |||
Sonae – SGPS | 18,4 | 10,5% | 21,6% |
Jerónimo Martins,SGPS,S.A. | 17,5 | 10,1% | 7,3% |
Altri SGPS S.A. | 16,0 | 9,2% | 9,0% |
MERCADO UNIÃO EUROPEIA | |||
L.V.M.H. | 116,7 | 12,3% | 4,3% |
SIEMENS | 104,5 | 11,0% | 8,4% |
INDITEX | 100,4 | 10,6% | 7,2% |
MERCADO FORA UE | |||
APPLE COMPUTER | 114,3 | 5,3% | 6,6% |
VISA INC-CLASS A | 106,3 | 4,9% | 12,1% |
MICROSOFT CORP | 100,5 | 4,6% | -3,7% |
Fonte: CMVM
Disclaimer: Todo o conteúdo tem apenas fins informativos e educacionais e não constitui qualquer recomendação ou aconselhamento financeiro. O leitor deverá sempre fazer as suas próprias análises e recolher diferentes tipos de informações antes de tomar qualquer decisão de investimento.