A inflação está a ser um desafio para os bancos centrais nos dois lados do Atlântico. Na Zona Euro está acima de 8%, muito devido aos preços da energia, e deverá continuar a marcar a agenda nos próximos tempos, segundo a JP Morgan
“A inflação continua a ser o problema central” e continuará a ser um tema até 2023, referiu Elena Domecq, responsável por Portugal e Espanha da JPMorgan Asset Managment, num encontro trimestral.
Para a JP Morgan a Reserva Federal norte-americana (FED), na tentantiva de conter a inflação, irá continuar a ser mais dura na aplicação da sua política monetária. Já na Zona Euro, a expectativa é que a subida dos juros, na próxima reunião, se situe entre os 25 a 50 pontos base, com a responsável da gestora de ativos a apontar para uma subida de 25 pontos base.
O cenário de recessão, para já é afastado pela responsável da JP Morgan Asset Management. “Não antevemos uma recessão a acontecer a curto prazo nem nos Estados Unidos nem na Europa”, adiantou Elena Domecq.
No que diz respeito ao mercado cambial, nomeadamente ao euro e dólar que recentemente atingiram a paridade, a JP Morgan aponta para “a diferença das políticas monetárias entre EUA e Europa” ser a principa, razão para continuar por um lado a contribuir para a avalorização da nota verde e, consequentemente, desvalorização da moeda única. As expectativa da gestora é que o “dólar continue a valorizar”, reforçando assim o seu estatuto de ativo refúgio.